Sunday, November 26, 2006

Retorno - Um ensaio a algo maior

Não sou muito de escrever neste blog, nem mesmo o 'Pensamento e Reflexão' venho atualizando com a mesma frequencia, aqui iria discorrer os acontecimentos interessantes da minha vida, como perceberam, minha vida não é interessante, ao menos não ao ver das massas.

Apesar das discrepancias, atualizei o blog 'Pensamento e Reflexão', mas achei interessante estar discorrendo aqui também, apesar de uma imagem anarquista - o sentido real dessa ideologia criada ao lado do socialismo, sindicado e socialismo de guilda, para quem leu Bertrand Russell em suas analises de ciencias sociais talvez tenha melhor base a respeito - não é minha intensão apresentar essa imagem neste artigo.

Tenho percebido o quanto as pessoas hoje são insatisfeitas, o quanto é feito para inovação de mercado, mas sempre pelos caminhos que ignoram a raiz de toda produtividade social: o ser humano.
Analise a vida hoje, as pessoas hoje, quantas tem tempo para si? Quantas conseguem pensar em si, sem ser em problemas gerados por outros (profissionalmente, educacionalmente)?
Vivemos em uma época desesperançada, a esperança de um amanhã melhor não existe mais, e passamos a ter a esperança apenas de estabilidade, nossa esperança de um amanha melhor se tornou algo fútil e vil.
Deixamos de criar, passamos a copiar, deixamos de aprender a viver, passamos a aprender a produzir com mais eficiencia, deixamos de ser humanos, passamos a ser marionetes da sociedade. Salvo aos pupetters (aos que manipulam as marionetes).
Estamos cegos para o que há diante de nós, e vemos apenas o passado e imaginamos um futuro, não nos encontramos no presente. Estamos tão cegos quanto qualquer deficiente visual, pois na maioria destes reside a perseverança da qual nos falta.
Helen Keller disse: "Quando uma porta da felicidade fecha, outra abre; Mas normalmente olhamos por tanto tempo a porta que se fechou que não vemos aquela que foi aberta para nós"
Helen Keler, foi uma mulher importante para sua época e até hoje é dada como uma lição de vida para qualquer pessoa, devido a uma doença aos seus 19 meses de idade ela ficou cega, surda e muda, mesmo assim se tornou uma pessoa maravilhosa que conseguia ver a beleza nas coisas simples e a importancia naquilo que está em nossa volta e não vemos, mas que ela podia ver com facilidade.
O que nos é ensinado hoje? Ensino técnico, problemas profissionais, temos tempo para nós?
Você sabe quem você é? Ou você apenas sabe a imagem que foi criada por você e moldada para a sociedade de maneira que agradasse seus familiares, amigos e colegas de serviço?
Você se conhece? O quão bem você se conhece? O quão bem você sabe o que é ilusão e o que é de fato a verdade em você?
Já não bastase a vivencia em conflitos profissionais, educacionais, familiares e sociais, vivemos em conflito com nós mesmos, aquilo que eu não gosto e devo mudar, aquilo que o outro é bom e devo ser igual, aquilo que me dizem ser bom que devo obedecer.
Quantas das opiniões são formadas hoje sem influencia de outros?
Quanto tempo temos para nós mesmos e não para terceiros?
Quanto tempo temos para a nossa familia?

Entre 10 pessoas se 1 é diferente, é um problema, e deve ser influenciado pelas 9 restantes para que não haja discrepancias, ve-se pela maioria, vive-se para minoria.
Ironicamente na sociedade que todos criticam e implicam na falta de visão das pessoas e que elas devem mudar, todas estão cegas, e quando uma possui a visão, logo é reprimida pelas demais para que se torne cega.
A sociedade existe para o homem ou o homem vive para a sociedade?
E quando a sociedade fica sob controle de uma minoria? Devemos nos submeter ao bem dessa minoria? Ou será que essa minoria devia se submeter ao bem da maioria? O que é feito hoje? Estudo, trabalho, vida?
O que precisa mudar é o ser humano, mas isso é possivel com a nossa atual estrutura educacional e profissional?
Algumas dessas reflexões são retratadas com mais detalhes no blog 'Pensamento e Reflexão'.

Fico triste ao ver o potencial de bem em um mundo ser reprimido por um potencial de tirania e cobiça, um mundo onde pessoas que nascem com verdadeiras esperanças de bem são mutiladas por credos egocentricos e produtivos para uma minoria.
Vejo um mundo com vontade de mudar, mas os seres humanos cegos e tristes que com ele convivem o impede de realizar tal mudança.

Sunday, November 19, 2006

Faz tempo que eu não posto.
Mas já faz um tempo, tinha feito um post e salvo no notepad. Só que não postei porque não havia terminado ainda.

Não terminei ainda, mas vai assim mesmo...


A vida tem andando tão sem graça. Cheia de responsabilidades, afazeres, a rotina em si, um saco.
Novidades, novidades, acho que nenhuma. Mas se eu lembrar de alguma, comento.
Tenho andando meio chateada com muitas coisas...
Até no campo afetivo... Não deveria estar falando isso, mas estou.
Poderiam até falar: nossa chateada? Mas ela tem tudo, e mesmo assim fica falando sobre isso.

Quanto as resposabilidades e outros, não tem como se safar disso, né? A palavra já diz tudo, responsabilidades. E com isso, conseguimos mudar certas coisas ou driblar os obstáculos do dia-a-dia.
Mas quanto ao lado afetivo também tem, nós podemos mudar ou amenizar isso.
Eu não tenho andando muito feliz não. Se eu dizer que sim, estaria mentindo.
Eu tento me manter em sintonia com as coisas que devo fazer, e também o meu outro lado.
O meu outro lado às vezes precisa de descanso, afinal todos precisam.

Talvez eu espere muito de uma pessoa, e fique idealizando.
Acho que não fico cobrando isso de uma pessoa também, e espero que eu não cobre mesmo.

Às vezes fico idealizando uma pessoa legal, mas é muito difícil.
Ela seria pequenos pedaços de várias pessoas juntas.
Como também é difícil só agradar as pessoas, e não receber de volta.
Realmente difícil.
Viver só de devaneios e sonhos, é bom mas ao mesmo tempo ruim. Bom por sempre ser coisas boas que vc goste, que motivem e tudo o mais, e ruim, porque não tem como viver só de devaneios, e tentar se enganar que a vida é feita só de sonhos, porque infelizmente não é.

Se eu tivesse esse pensamento a alguns anos atrás, talvez (acho), eu não estaria aqui nesse exato momento.
Me pego imaginando isso, quando tudo parece estar perdido e sem saída.
Mas do que adianta ficar só idealizando², se eu não agir também. Right?

Eu fico esperando muitas coisas, mas também fico idealizando muitas...
Espero muito das pessoas, mas mostro não esperar...
Eu acho que tenho que parar com isso. E também não ser tão agradável sempre. Isso cansa prá caramba.
Ando meio chateada sei lá, cansada, queria que as coisas fossem que nem foram no ano passado.
Apenas "boas", não estou pedindo muito.

(...)


(e parei de escrever por aí, mas resolvi postar pq já faz uns dias que escrevi... e se tiver continuação, posto.)


PS: Só para ressaltar, falam que inferno astral termina no dia do seu aniversário. Mas sinto dizer que o meu não terminou não.
Eu me sinto um pouco melhor sim, mas não bem totalmente. É...




I'm so tired of all this.